Muitos estudiosos do assunto afirmam que sim. Uma das pesquisas mais importantes sobre esse tema foi feita pelo Dr. Masaru Emoto, um cientista japonês, que identificou que as palavras podem afetar as moléculas da água. Dr. Emoto colocou palavras positivas e negativas em rótulos de garrafas d’água e depois observou em microscópio que as moléculas da água reagiam significativamente às palavras dos rótulos. Palavras positivas como amor formavam cristalizações simétricas e fascinantes como as de um floco de neve, enquanto palavras negativas como ódio não produziam coloração e nem forma definida.
Levando-se em consideração que o nosso corpo é constituído em média por 60% a 70% de água, esta é uma questão a se pensar. O resultado da sua pesquisa foi publicado em seu livro: Message from the Water (As Mensagens da Água).
Mas eu gostaria de explorar um pouco mais essa questão.
Você já conheceu alguém que tem o hábito de falar coisas terríveis sobre os outros, mas que seus atos, na maioria das vezes, contradizem suas palavras?
Conheço algumas pessoas assim, com uma língua que não cabe na boca e com um coração que não cabe no peito quando alguém precisa de sua ajuda.
Por outro lado, também já vi muita gente que te seduz com elogios e palavras belíssimas, mas quando você precisa do apoio delas, é impossível contar.
É claro que o ideal seria sempre buscar a harmonia entre o que falamos e o que fazemos, mas em algumas situações a realidade pode ser bem diferente do que percebemos. Como lidar com isso?
Você pode escolher dar poder para as palavras ou para as ações.
Às vezes, ficamos tão magoados com as palavras duras de certas pessoas que nos esquecemos de olhar com mais atenção para suas ações. É claro que as pessoas deveriam ter um pouquinho de habilidade para comunicar suas frustrações sem precisar agredir o outro, mas a realidade é que muitas pessoas não têm ferramentas internas para se expressarem com certa suavidade.
Eu diria que palavras são como um tipo de máscara que as pessoas usam para se mostrarem para o outro do jeito que elas gostariam de ser vistas e que as ações são a verdadeira personalidade que fica muitas vezes oculta por trás das palavras. O perigo está exatamente em se deixar seduzir pelas palavras e ignorar as ações.
Para diminuir a frustração de sermos magoados e até mesmo iludidos pelas palavras dos outros, é necessário colocar mais atenção em suas ações e colocar menos peso em suas palavras.
As questões que envolvem esse assunto são tão sérias que, dependendo da forma em que as palavras são ditas e de como o outro as percebe, um trauma pode ser gerado.
Eu gostaria de compartilhar com você uma estratégia. Da próxima vez que alguém lhe disser algo terrível, procure respirar fundo e retorne com a pergunta:
Por que você está falando isso pra mim?
O objetivo desta pergunta é evitar de nos colocarmos em uma posição de vítima, trazendo um novo eixo para nos apoiarmos e, ao mesmo tempo em que isso acontece, estarmos também estimulando o outro a refletir melhor sobre suas próprias palavras.
Dessa forma, você começará a ter mais autonomia sobre o que está percebendo e terá mais controle sobre as palavras que poderiam lhe afetar negativamente (sejam elas positivas ou negativas).
Voltando a pergunta inicial, “Palavra tem poder?”, a resposta seria:
As que eu permito me influenciar têm. As que eu não permito não têm.
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